Instantâneas da África

Exposição Fotográfica Itinerante – Goiana – Garanhuns – Floresta – Triunfo

Pular para o conteúdo

Inicial
Projeto
Fotógrafo
Galeria
Vivencias Fotográficas
- Floresta
- Garanhuns
- Goiana
- Triunfo
Equipe
Contato

Pesquisa

Pesquisar por:

Ensaio- Casa Dos Escravos Ilha De Gorée Senegal

Compartilhe isso:

Twitter
Facebook

Curtir Carregando...

Deixe um comentário Cancelar resposta

Δ

A ilha de Gorée, situada ao largo da costa senegalesa, em frente a Dakar, foi um dos maiores centros de comércio de escravos entre os séculos XVI e XIX. Foi em 1964 que Boubacar Joseph Ndiaye transformou a antiga casa de um dono de escravos num memorial que representa o tráfico e a deportação de 15 milhões de africanos para o continente americano. Construída em 1777 pelos holandeses (ou pelos franceses segundo algumas teorias), ainda hoje "A Casa dos Escravos" é o símbolo mais representativo da atividade negreira. No térreo, células, medindo 2,60 por 2,60m cada, foram reservadas para os homens, e continham até 20 pessoas, sentados com as costas contra a parede, acorrentados ao redor do pescoço e braços. Eles eram liberados apenas uma vez por dia para satisfazer as suas necessidades, geralmente dentro desta casa. As condições de higiene eram tão revoltantes que a primeira epidemia de peste que devastou a ilha em 1779 se originou na casa. Havia células especiais onde crianças foram armazenadas e nestas, a taxa de mortalidade foi, obviamente, a mais alta na casa. As meninas foram separadas das mulheres porque elas eram mais caras. Alguns comerciantes obrigavam as jovens a relações sexuais e quando elas engravidavam, eram libertadas em Gorée ou em Saint-Louis. Foi assim que dar-se para os comerciantes constituiu a única forma de salvação para muitas jovens mulheres. As meninas mestiças em Gorée, comumente chamadas de ‘Signare’, uma deformação da palavra portuguesa ‘senhoras’, formava assim a aristocracia na ilha. Na parte traseira da edificação, abre-se uma porta sobre o mar, a porta de "viagem sem regresso", sobre o ponto onde atracavam as chalupas que levavam os escravos até aos barcos ancorados ao largo ou, na opinião de alguns historiadores para atirar ao mar os cadáveres dos que não resistiam ao período de cativeiro. No andar superior, a casa transforma-se numa confortável residência burguesa de finais do século XVIII, onde residiam instalados os comerciantes. Declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1978, a ilha de Gorée constitui hoje um importante monumento à diáspora africana, recebendo anualmente mais de 100.000 visitantes e ilustres personalidades, entre elas François Mitterand, o Papa Joao Paulo II, Lula, Bill Clinton e Nelson Mandela.

Crie um website ou blog gratuito no WordPress.com.

Privacidade e cookies: Esse site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com seu uso.
Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte aqui: Política de cookies

Assinar Assinado
- Instantâneas da África
- Já tem uma conta do WordPress.com? Faça login agora.

Carregando comentários...

Escreva um Comentário

E-mail (obrigatório)

Nome (obrigatório)

Site

%d